A verdade é que me apeteceu. E depois de me apetecer, fiz. Sempre acompanhada da mesma questão, sempre com a mesma dúvida, sempre a perguntar-me porquê?, e logo uma coisa qualquer, por detrás da cortina transparente da janela, e porque não? Seria uma voz, ainda que não se ouvisse? Não. Era, muito provavelmente, só uma coisa qualquer que não sabia o que dizia. Ainda assim, segui-a. Se é para ficar, para alimentá-lo todos os dias na tentativa de crer que algo válido, se é para o encher com reflexões que valham a pena, ainda não decidi. A verdade é que me apeteceu e fiz. Não sei porquê, nem porque não, mas curiosamente esse facto não é inquietante e, arrisco confessar, confere-me até uma sórdida liberdade. Veremos...
Por dulce surgy

Um minuto pára, impune, arrastando a imagem


A brisa corta o olhar fechado. Um minuto pára, impune, arrastando a imagem. Tudo adiado agora, e ainda por um instante. Além, na vastidão negra, todas as tintas se encontram, todas as gentes suspensas, todas as coisas arrumando o caos. Nesta existência fugaz da espera, só o sentimento perdura, só o silêncio indica a perfeição adiante, o sol cresce dentro a expandir a serenidade. Uma gota a cair sobre o branco confirma a hora e logo um ponteiro que se escapa, que avança. Leve, um dedo solta-se e faz de tanto mundo este toque. E tudo existe mais, a melodia que nasce, a certeza do belo, o som perfeito. E é uma paz que transborda. E é a vida toda aqui.
Obrigado Júlio :)

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