de modo sereno mas persistente;
dedos finos apalpando seguros,
rente à terra, deliciosos morangos
em fim de estação, vermelhos, maduros.
E uma após outra, bem alinhadas,
disponho-as (à medida que encontradas)
em perfeito carreiro militar,
em alvo papel mas com tinta preta,
para poder melhor verificar.
Leio e releio, atento no sentido
e congratulo-me com o tom decidido,
mas nisto hesito, paro acobardada;
-será que adianta falar de amor?-
E eis que me calo, não digo nada!
Isto da métrica e da rima ...bem sei. No entanto, dá um gozo danado e às vezes não resisto :)
3 comentários:
Que delícia, Dulce, que delícia poder beber das tuas reflexões, colher os teus pensamentos. O teu blogue está fantástico! A tua escrita é maravilhosa.
E que bom ver que me incluíste nele! Vou fazer o mesmo, claro, só por completa desatenção ainda não o fiz.
Continua! Queremos mais!
Beijinhos
Como poderia não te incluir... "força primordial" (acho que era isto), lembraste? :)
Que bom ouvir as tuas palavras, obrigada.
E, claro, o mesmo para ti, continua, queremos mais!
Bjs
Não, miúda, era "a primeira energia"!
Embora pouco credível de tão exagerada :), achei a expressão deliciosa e não a esqueci.
Mas tu não precisas de molas propulsoras e por, esta altura, já descobriste isso. Tenho a certeza.
Beijo
Enviar um comentário