Às vezes acontece, raras vezes é certo, mas ainda assim, acontece. Pensar que tenho o mundo na mão e que este não pesa nada. Nadinha. Tu a escorregares, uma coisa a aquecer-me o peito, e o meu olhar a entrar tua pele adentro. E então, nessa hora, sou só um corpo a amolecer de amor, a abraçar tudo o que és, a confiar em nós. E amolecer de amor, afinal, não pesa nada. Nadinha.
A verdade é que me apeteceu. E depois de me apetecer, fiz. Sempre acompanhada da mesma questão, sempre com a mesma dúvida, sempre a perguntar-me porquê?, e logo uma coisa qualquer, por detrás da cortina transparente da janela, e porque não? Seria uma voz, ainda que não se ouvisse? Não. Era, muito provavelmente, só uma coisa qualquer que não sabia o que dizia. Ainda assim, segui-a. Se é para ficar, para alimentá-lo todos os dias na tentativa de crer que algo válido, se é para o encher com reflexões que valham a pena, ainda não decidi. A verdade é que me apeteceu e fiz. Não sei porquê, nem porque não, mas curiosamente esse facto não é inquietante e, arrisco confessar, confere-me até uma sórdida liberdade. Veremos...
Por dulce surgy
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1 comentário:
Isto é lindo. muito. mais ainda.
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