FOTOGRAFIA DE NICA PAIXÃO E TEXTO DE DULCE SURGY
O projecto “As mutações da memória” nasceu da necessidade de explorar o conceito da característica multi-real da imagem.
Na verdade, já muito se disse sobre a multiplicidade de leituras praticáveis a partir da mesma fotografia; tantas quantos os que a vêem. Contudo, o nosso contributo no vincar desta perspectiva, pretende alargar-se do texto como suporte literário da imagem para a construção duma narrativa independente, uma das mil visões possíveis, a partir de uma série fotográfica, que não é, ela mesma, mais do que um conto sem palavras.
Tornou-se paradoxal este querer ir mais além na procura da ligação texto/fotografia, uma vez que ao dar à escritora, apenas a partir do tema da série conceptual e da sua visualização,a possibilidade de criar uma história totalmente livre da influência da fotógrafa, nascem dois espaços que, embora se enriqueçam na presença um do outro, são autónomos e valem por si só.
No fundo, não se tenciona que cada imagem seja compreendida pelo texto ou vice-versa, mas antes, deixar o espaço aberto para o nascimento de novas narrativas a partir do trabalho fotográfico, e mesmo, imaginar novas imagens no decorrer da leitura.
O tema central desta narrativa prende-se com a dualidade percepção individual/realidade.
As memórias que cada um traz da sua infância, vão sendo reconstruídas, mutadas à medida do passar dos anos e do adensar de experiências. Os nossos primeiros anos reinventam-se sob novas perspectivas, deixando de ser aquilo que na verdade foram, passando a percepções próprias e particulares.
Na verdade, já muito se disse sobre a multiplicidade de leituras praticáveis a partir da mesma fotografia; tantas quantos os que a vêem. Contudo, o nosso contributo no vincar desta perspectiva, pretende alargar-se do texto como suporte literário da imagem para a construção duma narrativa independente, uma das mil visões possíveis, a partir de uma série fotográfica, que não é, ela mesma, mais do que um conto sem palavras.
Tornou-se paradoxal este querer ir mais além na procura da ligação texto/fotografia, uma vez que ao dar à escritora, apenas a partir do tema da série conceptual e da sua visualização,a possibilidade de criar uma história totalmente livre da influência da fotógrafa, nascem dois espaços que, embora se enriqueçam na presença um do outro, são autónomos e valem por si só.
No fundo, não se tenciona que cada imagem seja compreendida pelo texto ou vice-versa, mas antes, deixar o espaço aberto para o nascimento de novas narrativas a partir do trabalho fotográfico, e mesmo, imaginar novas imagens no decorrer da leitura.
O tema central desta narrativa prende-se com a dualidade percepção individual/realidade.
As memórias que cada um traz da sua infância, vão sendo reconstruídas, mutadas à medida do passar dos anos e do adensar de experiências. Os nossos primeiros anos reinventam-se sob novas perspectivas, deixando de ser aquilo que na verdade foram, passando a percepções próprias e particulares.