A verdade é que me apeteceu. E depois de me apetecer, fiz. Sempre acompanhada da mesma questão, sempre com a mesma dúvida, sempre a perguntar-me porquê?, e logo uma coisa qualquer, por detrás da cortina transparente da janela, e porque não? Seria uma voz, ainda que não se ouvisse? Não. Era, muito provavelmente, só uma coisa qualquer que não sabia o que dizia. Ainda assim, segui-a. Se é para ficar, para alimentá-lo todos os dias na tentativa de crer que algo válido, se é para o encher com reflexões que valham a pena, ainda não decidi. A verdade é que me apeteceu e fiz. Não sei porquê, nem porque não, mas curiosamente esse facto não é inquietante e, arrisco confessar, confere-me até uma sórdida liberdade. Veremos...
Por dulce surgy

A mão à palmatória

Pronto, ok, concordo. Os pardalitos cantam, as florinhas desabrocham ou qualquer coisa assim, as andorinhas já cá deviam estar mas não tardam se Deus quiser, e a praia, e o Verão, e os restaurantes apinhados de ementas em Inglês e Alemão (até, por vezes, em Francês, hein?)... enfim, a perfeição. E embora os santos já vão no fim a esfumar o cheiro da sardinha a dois euros cada uma, as festas multiplicam-se. Os carrinhos de choque apitam toda a noite, os polvos, os barcos de piratas, os cangurus dão voltinhas apressadas com gritinhos sincronizados nas descidas e subidas, saltam as pipocas cor-de-rosa enquanto os ursinhos de "I love you" estampado nas barriguinhas gordas fazem as delícias das namoradas recentes. Mas pronto, ok. Concordo com a necessidade de ver tudo de uma forma mais positiva.

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